A infiltração de anestésicos nos nervos periféricos, plexos nervosos ou raízes nervosas é um procedimento realizado para aliviar a dor de forma temporária e reversível. Ele consiste na aplicação de uma solução anestésica diretamente nos nervos ou nas estruturas nervosas que estão causando as dores.
A infiltração de anestésicos pode ser realizada para tratar diferentes condições dolorosas, como dor nas costas, dor nas articulações, dor neuropática e dor pós-cirúrgica. Ela é realizada por meio de uma agulha ou de um cateter, que é introduzido na área a ser tratada por meio de uma punção na pele. A infiltração de anestésicos pode proporcionar alívio da dor por um período de tempo que pode variar de dias a semanas.
A rizotomia consiste em interromper a função dos nervos sensitivos da dor, de modo definitivo ou temporário, reduzindo a sensação de dor e desconforto. Nesse caso o cirurgião introduz uma agulha próximo ao nervo que leva o estímulo doloroso de uma articulação doente ao cérebro, cauterizando por radiofrequência o nervo sensitivo. Assim, o nervo deixa de avisar o cérebro sobre a dor nessa região.
Tanto a rizotomia quanto a infiltração são realizadas com o paciente sob anestesia local e sedação leve. Não é necessário internação e o procedimento leva em torno de 30 a 40 minutos.
A neuralgia do trigêmeo é uma dor facial, aguda, como se fosse um choque elétrico, que dura poucos segundos e é desencadeada geralmente por estímulos sensórios comuns na face, como pentear os cabelos, mastigar ou escovar os dentes. O trigêmeo é o nervo responsável pela sensibilidade da face e a causa mais comum dessa doença é a compressão do nervo na entrada ao cérebro, geralmente por uma artéria (a artéria cerebelar superior, mais comumente envolvida), veia ou algum tumor. A incidência média dessa condição é de cerca de 4 casos para 100 000 pessoas por ano.
O tratamento inicial é medicamentoso, tendo a carbamazepina como a primeira opção de tratamento. Os pacientes que não respondem ou deixam de responder a medicação podem se beneficiar do tratamento cirúrgico. As opções de tratamento mais conhecidas são a rizotomia percutânea por balão ou radiofrequência, a radiocirurgia e a descompressão microvascular, nessa última o fator compressivo no nervo trigêmeo é removido com melhora global do quadro doloroso.
É uma doença dolorosa, unilateral, caracterizada por dores súbitas, sequenciais e intensas na região da garganta, amígdala, base da língua e/ou ouvido. É uma condição semelhante à neuralgia do trigêmeo, porém mais rara, tendo uma incidência média de 0,2 por 100 000 pessoas por ano.
Os quadros dolorosos são desencadeados quando a pessoa deglute algum alimento, tosse ou até mesmo conversa. A principal causa dessa condição é o contato de uma artéria tortuosa com o nervo glossofaríngeo (IX par), irritando-o permanentemente e fazendo com que o mesmo tenha disparos de maneira anormal, provocando os paroxismos de dor.
O tratamento inicial é medicamentosos, sendo a carbamazepina a medicação de primeira linha, embora outras classes de medicamentos possam ser utilizadas. Nos casos refratários à medicação, indica-se a cirurgia para descompressão neurovascular.