A Cirurgia Endoscópica Endonasal (EES) é um procedimento cirúrgico que permite o tratamento de tumores e outras lesões da base do crânio por meio de uma abordagem endonasal, ou seja, através do nariz. A EES é uma opção cirúrgica minimamente invasiva e é realizada com o uso de endoscópios, que são instrumentos ópticos com lentes e luzes que permitem a visualização interna de órgãos e tecidos. É realizada por uma equipe médica composta por neurocirurgiões e otorrinolaringologistas que se dedicam à cirurgia da base do crânio.
A EES é especialmente útil no tratamento dos adenomas hipofisários, que são tumores, geralmente benignos da glândula hipófise, localizada na base do cérebro. A glândula hipófise é responsável por produzir vários hormônios importantes para o corpo, como o hormônio do crescimento (GH), o hormônio estimulador da tireóide (TSH), o hormônio estimulador das adrenais (ACTH), dentre outros. Os adenomas podem ser secretores, quando secretam hormônios, como vistos na acromegalia e na Doença de Cushing; ou não secretores.
A EES também pode ser utilizada para tratar outras condições, tais como:
Pode-se também realizar também a descompressão do nervo óptico para algumas doenças neurológicas e tratar doenças degenerativas e malformações da coluna cervical alta, como o pannus reumatoide e a retroflexão do odontóide.
As dúvidas mais frequentes sobre Cirurgia endoscópica endonasal
Os principais exames são a ressonância magnética do crânio e da sela túrcica, a tomografia computadorizada do crânio e dos seios face.
O paciente também deverá estar realizando seguimento com o médico endocrinologista e todo perfil hormonal da glândula hipófise deverá ser realizado.
O paciente deve estar sobretudo seguro do procedimento que o mesmo irá realizar, ter tirado todas as suas dúvidas e acima de tudo estabelecer uma confiança em seu médico, ou seja, uma boa relação médico-paciente. Posteriormente, ele passará por uma consulta com o médico anestesista para avaliação clínica. Eventualmente poderá ser necessário outros profissionais, como o cardiologista e pneumologista a depender das comorbidades pré-existentes. Confirmada a data da cirurgia eletiva, o paciente deverá internar no hospital no horário estabelecido, geralmente com jejum de comida e líquidos de no mínimo 8 horas.
Especialmente na cirurgia endoscópica da base do crânio, o paciente irá passar previamente em uma consulta com o otorrinolaringologista, médico especializado que irá realizar o acesso pelo nariz à base do crânio para a remoção do tumor ou outra lesão pelo neurocirurgião. Aquele irá avaliar a tomografia de seios da face e planejar a melhor estratégia para o acesso à lesão.
Em geral o paciente submetido a essa modalidade de cirurgia tem uma recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta tradicional, pois tem a vantagem de não haver cortes na pele e pouca ou nenhuma manipulação do tecido cerebral. Em geral o paciente fica internado em leito de UTI no pós-operatório imediato e em poucos dias recebe alta, caso não haja complicações.
A chance de sequelas dos procedimentos endoscópicos são baixas. Podem haver algumas complicações que a equipe médica estará pronta para atuar, as principais são:
É importante que após a alta hospitalar, o paciente continue realizando o seguimento com o médico neurocirurgião, otorrinolaringologista e endocrinologista, fazendo exames seriados e periódicos.