Cirurgia endoscópica endonasal

Cirurgia endoscópica endonasal

A Cirurgia Endoscópica Endonasal (EES) é um procedimento cirúrgico que permite o tratamento de tumores e outras lesões da base do crânio por meio de uma abordagem endonasal, ou seja, através do nariz. A EES é uma opção cirúrgica minimamente invasiva e é realizada com o uso de endoscópios, que são instrumentos ópticos com lentes e luzes que permitem a visualização interna de órgãos e tecidos. É realizada por uma equipe médica composta por neurocirurgiões e otorrinolaringologistas que se dedicam à cirurgia da base do crânio.

A EES é especialmente útil no tratamento dos adenomas hipofisários, que são tumores, geralmente benignos da glândula hipófise, localizada na base do cérebro. A glândula hipófise é responsável por produzir vários hormônios importantes para o corpo, como o hormônio do crescimento (GH), o hormônio estimulador da tireóide (TSH), o hormônio estimulador das adrenais (ACTH), dentre outros.  Os adenomas podem ser secretores, quando secretam hormônios, como vistos na acromegalia e na Doença de Cushing; ou não secretores.

A EES  também pode ser utilizada para tratar outras condições, tais como:

  1. Cordoma de clivus
  2. Cisto da bolsa de Rathke
  3. Meningiomas da goteira olfatória e do tuberculo selar
  4. Craniofaringeoma
  5. Lesões ósseas como o osteoma e a displasia fibrosa
  6. Tumores malignos: metástases, adenocarcinomas, sarcomas e outros
  7. Granuloma de colesterol

Pode-se também  realizar também a descompressão do nervo óptico para algumas doenças neurológicas e tratar doenças degenerativas e malformações da coluna cervical alta, como o pannus reumatoide e a retroflexão do odontóide.

FAQ

As dúvidas mais frequentes sobre Cirurgia endoscópica endonasal

Os principais exames são a ressonância magnética do crânio e da sela túrcica, a tomografia computadorizada do crânio e dos seios face.

O paciente também deverá estar realizando seguimento com o médico endocrinologista e todo perfil hormonal da glândula hipófise deverá ser realizado.

O paciente deve estar sobretudo seguro do procedimento que o mesmo irá realizar, ter tirado todas as suas dúvidas e acima de tudo estabelecer uma confiança em seu médico, ou seja, uma boa relação médico-paciente. Posteriormente, ele passará por uma consulta com o médico anestesista para avaliação clínica. Eventualmente poderá ser necessário outros profissionais, como o cardiologista e pneumologista a depender das comorbidades pré-existentes. Confirmada a data da cirurgia eletiva, o paciente deverá internar no hospital no horário estabelecido, geralmente com jejum de comida e líquidos de no mínimo 8 horas.

Especialmente na cirurgia endoscópica da base do crânio, o paciente irá passar previamente em uma consulta com o otorrinolaringologista, médico especializado que irá realizar o acesso pelo nariz à base do crânio para a remoção do tumor ou outra lesão pelo neurocirurgião. Aquele irá avaliar a tomografia de seios da face e planejar a melhor estratégia para o acesso à lesão.

Em geral o paciente submetido a essa modalidade de cirurgia tem uma recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta tradicional, pois tem a vantagem de não haver cortes na pele e pouca ou nenhuma manipulação do tecido cerebral. Em geral o paciente fica internado em leito de UTI no pós-operatório imediato e em poucos dias recebe alta, caso não haja complicações.

A chance de sequelas dos procedimentos endoscópicos são baixas. Podem haver algumas complicações que a equipe médica estará pronta para atuar, as principais são:

  1. Distúrbios do sódio e da diurese (urina);
  2. Distúrbios hormonais;
  3. Fístula liquórica.

É importante que após a alta hospitalar, o paciente continue realizando o seguimento com o médico neurocirurgião, otorrinolaringologista e endocrinologista,  fazendo exames seriados e periódicos.

@dr.pedroneurocirurgiao

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